domingo, 8 de agosto de 2010

Nova Diretora do Hospital de MTD fala sobre reformas do prédio, equipe médica e parcerias


O Hospital do distrito de Monte Dourado (Almeirim/PA) que já foi no passado uma referência nacional principalmente na área de cirurgias emergenciais, atualmente encaminha para as cidades vizinhas os pacientes que necessitam de tratamentos mais complexos como procedimentos cirúrgicos em geral. No entanto, a situação já atingiu o pior: em janeiro de 2009 a equipe médica resolveu pedir demissão coletiva e praticamente o estabelecimento teve as portas fechadas. O imbróglio foi um dos primeiros desafios encontrados pelo prefeito José Botelho dos Santos, que assumiu a Prefeitura de Almeirim em 1º de janeiro do ano passado e desde então, não tem medido esforços para reativar a Fundação Hospitalar Vale do Jari – FUNVALE.
O trabalho prestado pelo ex-diretor da FUNVALE, Gilson Mesquita, garantiu o seu reconhecimento e como conseqüência foi nomeado Secretário Municipal de Saúde. O lugar deixado por Gilson foi ocupado pela enfermeira Taiana Correa, que em entrevista ao Jornal FVJ, fez questão de descrever os avanços conquistados pelo seu antecessor e garantiu que fará todos os esforços possíveis para dar continuidade as melhorias daquele hospital. “Na gestão do Gilson conseguimos reestruturar a sala de cirurgia, reativar os serviços de ambulatório (consultas) e reforma do telhado”, disse.
Atualmente a FUNVALE sobrevive com os repasses do SUS e da Prefeitura. Os valores repassados pelo SUS depende do número de internados e os recursos repassados pela Prefeitura variam entre 120 a 150 mil reais. Com estes recursos o hospital atende os pacientes com a parte ambulatorial (consultas médicos) , tratamento odontológico e imunização (vacinação) e programas que funcionam dentro do Hospital para hipertensos, diabéticos, pacientes com tuberculose, hanseníase, exames laboratoriais e eletrocardiograma, Pronto-Socorro e internação. No total existem oito médicos distribuídos em clínicos gerais, cirurgião, ginecologista-obstetra, pediatra e ortopedista.
Nos casos em que há necessidade de cirurgias os pacientes são encaminhados para Laranjal do Jari, Belém ou Santarém. “Não estamos realizando os partos porque não podemos assumir os riscos devido a falta de um bloco cirúrgico”, avisa a diretora administrativa.
Outro ponto positivo é que o hospital recebeu recentemente uma agência transfusional, com isso, os pacientes que antes faziam tratamento em outros domicílios agora não necessitam mais se deslocar do município, pois existe um banco de sangue com qualidade que é abastecido pela rede de transfusão através do centro de hemoterapia de Santarém. “A agência transfusional será uma oportunidade de compensar a ida dos nossos pacientes para o lado amapaense pois o HELAJA (Hospital Estadual de Laranjal do Jari) poderá contar com a nossa contribuição sempre que necessitar”, afirmou.
A FUNVALE também contará com uma UCI (Unidade de Cuidados Intermediários Neo-Natal) que será montada dentro do hospital para atender recém-nascidos que necessitarem de tratamentos mais específicos.
O Grupo Orsa, um dos maiores parceiros da FUNVALE, fez a doação da madeira para a reforma do pavilhão da maternidade da pediatria. “Agradecemos o apoio da Orsa através do Gerente de Relações Institucionais, Augusto Praxedes”, destacou Taiana. A enfermeira também fez referência ao recebimento de uma ambulância para a sede de Almerim e adiantou que o município será contemplado com duas ambulâncias e duas ambulanchas. “Não temos condições de competir com o hospital de Laranjal do Jari no setor de cirurgias, mas nosso objetivo será reativar completamente todos os serviços da FUNVALE, tornando-o novamente uma referência para a nossa região”, concluiu.

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